quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Reconhecimento!
Ao Grupo Alcoólicos Tratados da Maia:
Congratulação = Palavras Simples, mas de valor incalculável
Congratulo-me pela vossa inspiração. Sei que ela trasnmite o que vos vai na alma. Tocou-me fundo,é uma forte aspirina para que possamos calcarrear os caminhos pedregosos, e uma ajuda preciosa, para que no final os tenhamos conseguido ultrapassar todos esses obstáculos com êxito. A vida é bela,basta que saibamos aproveitar o que ela de bom nos oferece. Falo pela minha experiência dos 23 anos de Abstinente Alcoólico, para fácilmente concluir que a vida de nós Doentes Tratados tem um valor incalculável. Não há casos perdidos, basta que saibamos mobilizar as forças que temos dentro de nós.Neste Natal permitam-me que peça ao Pai Natal que tenho dentro de mim, que leve a cada sapatinho dos doentes a prenda da abstinência.Um Natal Feliz para todos e um próspero Ano Novo. Se tem problems de àlcool, opte pela abstinência. Se já é abstinente, faça tudo para a manter. Os valores materiais numa vida são irrelevcantes.Tempos houve também eu que me ía matando, hoje tudo faço para estar de bem com a vida.
Nota:
Como não consegui enviar este comentário , não resisti a publicá-lo neste meu blogge. Bem Hajam
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Internamento em Condeixa
À Porta da Secretaria
As magificas Instalações :
Quando me encontrava como Monitor na Associação de Doentes Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira, váias esteve previsto me deslocar a este local, ou para visitar Doentes nossas, que aqui eram internadas, noutras vezes seria para visitar doentes.
Por afazeres profisionais, tal nunca me foi possivel.
Mas um dia teria de acontecer, já que tinha vontade em conhecer o local, hoje porque me desloquei com o meu Amigo Carlos, para confraternizar com outro bom Amigo José Luis, aproveitei a oportunidade para conhecer o local.
Fui à Secretaria informei a razão porque ali estava e fui recebido com total disponibilidade.
Por tal gesto quero reconhecer a amabilidade.
Fiquei com uma óptima impressão, o que aliás foi a confirmação daquilo que as Doentes que para ali a Associação enviava nos diziam.
Bem Hajam, continuem e obrigados
sábado, 12 de dezembro de 2009
Memórias da minha Juventude
O meu Lar:
Mesmo que a chuva e o frio, não sejam impeditivos para saír de casa, o acender da lareira e o poder recostar-me no conforto da minha cozinha, apreciando o pinheiro e outros enfeites natalícios, vêm-me à memória gradas recordações dos Natais da minha infância e juventude e com essas recordações e felicidade, leva-me hoje a continuar seguir fielmente o legado deixado pelos meus pais.
Tal como eles, uns três dias antes a patroa começa a meter de molho as "postalhaças" do grosso bacalhau, sempre comprado por mim, e as mergulha num grande bidão, com àgua abundante e a muda várias vezes.
A dispensa é abastecida com reforços de farinha, ovos e açucar, que aguardam pelas rabanadas e aletria.
Perservo um ritual que vem do tempo dos meus visavós, conservando esta ceia bacalhoeira no dia 24 .
Continua com a roupa-velha, ao almoço do dia 25, para à noite continuar com as postas do Bacalhau assado na brasa, bem regado com azeite novo vindo directamente do engenho.
Este Natal tradicional representa para mim uma quadra de plena felicidade, contrastando com a tristeza que sentia, quando na Briosa tinha de me sujeitar a outros usos e costumes tradicionais de outras localidades.
É este o meu Natal, mas respeito o dos outros. Fala a sabedoria popular. Cada Terra com seu Uso, cada Roca com seu Fuso.
A todos desejo: UM FELIZ NATAL
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Atentamente
Um Presidente Atento
Só quando vi a fotografia me apercebi que o Presidente da Junta de Freguesia tinha estado presente e como a mesma atesta na fila a seguir à minha. Registei com satisfação a sua presença. É bom saber que a Autarquia apoia e se faz representar num evento que trata de uma Doênça que é a terceira causa de morte em Portugal. "O Alcoolismo"" Nestes eventos o elevado número de presenças até nem é o maisd importante. Importante é saber que cada vez maior número de pessoas procuram as Associações para tentar parar com esta maléfica dependência (O Excesso de Bebida Alcoólica)
Já terminado o evento, enquanto aguardavamos para subir para um pequeno lanche oferecido pela Associação. Enquanto isso mantinha um diálogo, com Amigas da Associação de Alcoólicos Tratados da Maia
Já terminado o evento, enquanto aguardavamos para subir para um pequeno lanche oferecido pela Associação. Enquanto isso mantinha um diálogo, com Amigas da Associação de Alcoólicos Tratados da Maia
A Vice -Presidente não se faz rogada e como se pode ver está deveras concentrada.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
O Àlcool =, Pai e Filhas!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Associação de Doentes Alcoólicos Recuperados de Nogueira da Regedoura - IV Encontro (Colóquio)
Presença
Há já muito tempo que não assistia a um evento da Associação. Em boa hora optei por participar, aliás essa deverá ser sempre a opção a tomar. Mas umas vezes me encontrar a trabalhar, ou a participar como Monitor noutra Associação.
Foi uma agradável Surpresa, encontrar-me com o Mário Soares, com o Amigo Mário Santos da Associação de Vagos, Com os Amigos da Associação de Alcoólicos Tratados da Maia e por fim com muitos dos que convivo aqui em Nogueira da Regedoura, onde me assumo, dou a cara e sabem que podem contar comigo.
Longe de mim pensar em intervir a não ser que um motivo maior a isso me levasse. Pois quem tem sentimentos e sofre desta terrível Doença, a força motora é mais forte que nós. Ainda bem que assim é, pois é sabido que os anos que levamos de recuperados e o padrão de vida e conceito de família que apresentamos é um visível cartão identificável, é de tal modo comovente e emocional, que não resistimos, comovemo-nos e contaminamos todos os presentes. É uma Mensagem única passado por todo os que partilham, que nós mesmos, não a sabemos decifrar. Porque este é será sempre um momento único.
Nos Doentes Alcoólicos, o momento alto e comovente é quando os Doentes dão o seu Testemunho.
Já foram tantos e tantos os testemunhos que li, que escrevi, que ouvi de doentes, mas há sempre um mais contagiante e mais penoso.
Testemunho Dramático:
Foi impressionante, aquele o que ouvimos de uma Senhora que não consegue parar de beber. Recusou aceitar o Diploma de Abstinência, porque assumiu que não conseguia ser abstinente e não o conseguia, porque vivia num sofrimento terrível. Tinha perdido tudo e o mais importante daquela riqueza a sua família. Era tratada como um farrapo, sem dignidade, atirada para o canto da valeta, era um estorvo, para os seus familiares e no momento de alguma lucidez, o desespero apoderava-se dela que só no álcool encontrava a forma de ultrapassar esse sofrimento. Disse saber que não era solução, apelou a todos que bebem em excesso que se tratem. Como a avançava nas suas palavras a dor tirava-lhe as forças, lutou e passou a mensagem, só parou quando as forças lhe faltaram e desmaiou. Se é feio um homem chorar eu chorei, e sinto-me orgulhoso por não me ter contido, porque tive mais uma vez a certeza que quem tem sentimentos emociona-se e não se importa se é bonito ou feio, se é duro ou mole, fica a certeza é que a Senhora merece que lhes expressemos os nossos sentimentos. Ainda não refeito, seguiu-se a intervenção do Senhor Presidente da Assembleia Geral que e muito bem levantou a questão da falta de Informação nos Órgãos de Comunicação, respondeu o Mário Soares, que até tinha publicado um livro e que em Aveiro a imprensa divulga a problemática do álcool, que as Rádios e televisões estão a dar maior abertura e que é frequente ver-se entrevistas com Doentes Recuperados.
Juntando o Testemunho dramático da Senhora e a falta de oportunidades de podermos junto dos Órgão da Comunicação Social e de outros apoios importantíssimos de apoio ao Doente, seja em ambulatório ou internamento, que para ser possível uma recuperação terá de passar forçosamente por ser-lhes dadas condições mínimas.
O Colóquio estava no fim. Mas senti que não poderia conter-me, sem que desse a conhecer o que estava a senti e a força com que tinham sido transmitidas as Mensagens e Testemunhos. Solicitei ao Senhor Presidente da Direcção para intervir e ele não se fez rogado e prontamente me deu a palavra, já tive a oportunidade de lhe agradecer. Foi uma intervenção com o coração não me contive e chorei, um choro avassalador que quase me impossibilitava de passar a mensagem oral, já que a sentimental estava a ser sentida por todos os presentes foi uma empatia de tal ordem forte, que depois de informar que tinha um Blogue na Net sobre Alcoologia com o Titulo: Doente Alcoólico Recuperado, assim como outros trabalhos escritos que pode serem lidos, mais também que era notória a participação das pessoas, que tenho ofertas monetárias, para que quando poder publicar um trabalho sobre a Doença do Alcoolismo.
Antes de terminar, enviar uma saudação muito especial às Associações que se fizeram representar, às Digníssimas Junta de Freguesia e Câmara Municipal e a todos que de uma ou outra forma tornaram possível a realização deste evento. Esta é a minha gratidão como Doente alcoólico que quero do fundo do meu coração agradecer.
Longe de mim pensar em intervir a não ser que um motivo maior a isso me levasse. Pois quem tem sentimentos e sofre desta terrível Doença, a força motora é mais forte que nós. Ainda bem que assim é, pois é sabido que os anos que levamos de recuperados e o padrão de vida e conceito de família que apresentamos é um visível cartão identificável, é de tal modo comovente e emocional, que não resistimos, comovemo-nos e contaminamos todos os presentes. É uma Mensagem única passado por todo os que partilham, que nós mesmos, não a sabemos decifrar. Porque este é será sempre um momento único.
Nos Doentes Alcoólicos, o momento alto e comovente é quando os Doentes dão o seu Testemunho.
Já foram tantos e tantos os testemunhos que li, que escrevi, que ouvi de doentes, mas há sempre um mais contagiante e mais penoso.
Testemunho Dramático:
Foi impressionante, aquele o que ouvimos de uma Senhora que não consegue parar de beber. Recusou aceitar o Diploma de Abstinência, porque assumiu que não conseguia ser abstinente e não o conseguia, porque vivia num sofrimento terrível. Tinha perdido tudo e o mais importante daquela riqueza a sua família. Era tratada como um farrapo, sem dignidade, atirada para o canto da valeta, era um estorvo, para os seus familiares e no momento de alguma lucidez, o desespero apoderava-se dela que só no álcool encontrava a forma de ultrapassar esse sofrimento. Disse saber que não era solução, apelou a todos que bebem em excesso que se tratem. Como a avançava nas suas palavras a dor tirava-lhe as forças, lutou e passou a mensagem, só parou quando as forças lhe faltaram e desmaiou. Se é feio um homem chorar eu chorei, e sinto-me orgulhoso por não me ter contido, porque tive mais uma vez a certeza que quem tem sentimentos emociona-se e não se importa se é bonito ou feio, se é duro ou mole, fica a certeza é que a Senhora merece que lhes expressemos os nossos sentimentos. Ainda não refeito, seguiu-se a intervenção do Senhor Presidente da Assembleia Geral que e muito bem levantou a questão da falta de Informação nos Órgãos de Comunicação, respondeu o Mário Soares, que até tinha publicado um livro e que em Aveiro a imprensa divulga a problemática do álcool, que as Rádios e televisões estão a dar maior abertura e que é frequente ver-se entrevistas com Doentes Recuperados.
Juntando o Testemunho dramático da Senhora e a falta de oportunidades de podermos junto dos Órgão da Comunicação Social e de outros apoios importantíssimos de apoio ao Doente, seja em ambulatório ou internamento, que para ser possível uma recuperação terá de passar forçosamente por ser-lhes dadas condições mínimas.
O Colóquio estava no fim. Mas senti que não poderia conter-me, sem que desse a conhecer o que estava a senti e a força com que tinham sido transmitidas as Mensagens e Testemunhos. Solicitei ao Senhor Presidente da Direcção para intervir e ele não se fez rogado e prontamente me deu a palavra, já tive a oportunidade de lhe agradecer. Foi uma intervenção com o coração não me contive e chorei, um choro avassalador que quase me impossibilitava de passar a mensagem oral, já que a sentimental estava a ser sentida por todos os presentes foi uma empatia de tal ordem forte, que depois de informar que tinha um Blogue na Net sobre Alcoologia com o Titulo: Doente Alcoólico Recuperado, assim como outros trabalhos escritos que pode serem lidos, mais também que era notória a participação das pessoas, que tenho ofertas monetárias, para que quando poder publicar um trabalho sobre a Doença do Alcoolismo.
Antes de terminar, enviar uma saudação muito especial às Associações que se fizeram representar, às Digníssimas Junta de Freguesia e Câmara Municipal e a todos que de uma ou outra forma tornaram possível a realização deste evento. Esta é a minha gratidão como Doente alcoólico que quero do fundo do meu coração agradecer.
Um Bem Hajam.
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Ajudar-Prevenir-Informar
Grupo de Alcoólicos Tratadosda Maia
229012017 /962728547
visita o site - www.gatm.pt
Se queres continuar a beber o problema é teu.
Se queres deixar de beber o problema também é nosso
Mentes Perturbadas!
Alcoologia
Se estás a conduzir a velocidade constante.
Lado esquerdo encontra-se um cisne enorme.
Lado direito carro de bombeiros, a velocidade idêntica à tua.
À tua frente galopa um cavalo, mais alto que o teu carro.
Tu não consegues ultrapassá-lo.
Atrás de ti vem um helicóptero rente ao chão.
Vão à mesma velocidade a que tu vais.
O que fazes para tua segurança?
Salto fora do carrossel e PARO DE BEBER
domingo, 22 de novembro de 2009
Carlos Branco
Direcção da Associação
Etiquetas:
IV Encontro de Alcoólicos Recuperados
Alcoologia
Associação de Alcoólicos Recuperados de Nogueira da Regedoura
IV Encontro e Colóquio
A Mesa Composta, à Esquerda pelo Sr. Presidente da Associação, Meio o Sr. Secretário, em representação da Junta de Freguesia de Nogueira da Regedoura, lado direito o Sr.Vice-Presidente da Câmara Municipal em representação do Sr. Presidente da Câmara
IV Encontro e Colóquio
A Mesa Composta, à Esquerda pelo Sr. Presidente da Associação, Meio o Sr. Secretário, em representação da Junta de Freguesia de Nogueira da Regedoura, lado direito o Sr.Vice-Presidente da Câmara Municipal em representação do Sr. Presidente da Câmara
Testemunho Comovente
Assisti Ontem ao Testemunho Mais Emocional dos Meus 23 Anos de Abstinente
Não me contive e Chorei
Falar com o Coração
Hoje dia 21 de Novembro de 2009, terá sido o dia que mais me emocionei, a ouvir o Testemunho de uma Doente Alcoólica, que não aceitou receber o Diploma de Abstinência, e teve a coragem de assumir, que não conseguia resistir à tentação de beber o seu copito em momentos terriveis que vivia,que motivado pelo àlcool tinha perdido todos valores, entre eles o mais importante de todos. "a familia". Foi ao limite das suas forças,como ela afirmou hoje mesmo tinha bebido o seu caneco. Mas seguramente passou a mensagem. Logo de imediato desmaiou. Trouxe-me á memória, todo o meu passado, a lembrança de todo o meu sofrimento e daqueles a quem muito mais tinha feito fazer sofrer. Estava adormecido, admitia que com opassar dos anos estaria enterrado. Chorei e num ápice, uma força moveu-me ao ponto de pedir para intervir. Os anos de experîencia que levo nas Associações, assim como a experiência como Monitor não foram suficientes que me contesse. Seguramente e sem demagogia, falando do coração, que este terá sido o mais marcante de toda a minha vida. Dora avante, não me cansarei de citar este exemplo, pois seguramente ajudará no combate a esta complicada dependência. São estes testemunhos onde o carinho, amor, coragem e a responsabilidade estão bem patentes de quem sabe não resistir, mas saber poder contribuir para que outros o consigam. Deu para aperceber tratar-se de uma Doênça, que é um dos grandes Flagelos da Humanidade. Dar a Cara Falou o Mário Soares no orgulho que sentem em dara a cara, sejam nos Jornais, nas Televisões e no nosso dia a dia. Este Recuperado que já leva quinze anos de abstinência,que tem a responsabilidade distrital que partilha no seu dia a dia, referiu o quanto importante se torna e com que sentem felizes, todos aqueles que um dia tiveram a força de vencer a dependência e sentem quanto importante é lutar para viver um dia de cada vez em abstinência.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Obrigada por teres Nascido estou-te Grato!
Filha do Àlcool 23 Anos depois
Contigo minha filha, lado a lado
Uma lembrança bem querida
Nos 23 anos doente Recuperado
E que desfruto dos prazeres vida
domingo, 18 de janeiro de 2009
Coma Alcoólica e Alucinações
Em Coma Alcoólica:
Lutava desesperadamente para tentar parar, pois o estado calamitoso em que me encontrava não me dava margem para que aquela situação se mantivesse por muito mais tempo. Não tinha discernemento para poder avaliar a grave situação em que me encontrava.
Quando em curtos períodos de raciocinio, ainda evemente avaliava a situação. Desesperava porque querer parar e não conseguir.
Esta intênção, era sustentada por muito pouco tempo. A minha dependência apressadamente me obrigava a consumir mais e mais.
A partir de determinada altura, tudo começou a apressar-sa, num ápice sucederaam-me as coisas incriveis. Mas que avabam por ser um percurso normal. Os acidentes,(Esmorradelas), Pulso e Clavicula partida, por falta de equilibrio, o por inconsciência, outras ainda pelos ditos amigos falsos, e ainda por outro ter de ser qualquer, que tem sempre muita força. Isto acontecia com uma rapidez incrível, mas no estado em queme encontravanão sentia, o àlcool anestesiava-me e com tal suportava as dores. A dependência falava sempre mais alto. Na parte final aconteceu duas vezes a entrada em Coma Alcoólica.
Alucinações= Conviver com a Morte:
Numa dessas alucinações, intertiorizei;e vivi este drama:- Numa Ponte de Nogueira da Regedoura no seu carro ,caíu e isso foi-lhe fatal. Numa noite, já muito carregado, acompanhado daquele que foi um grande amigo ( Zé Baião) fomos levar o seu irmão Joaquim a casa. A mulher escondia-lhe sempre o palhas, mas naquela noite descuidou-se e deixou o menino a espreitar debaixo da cama, tendo-se deitado com a filha no outro quarto. Entramos e na salita estava uma jarra de litro quase cheia , para ela não se aperceber de nossa presença, fomos para o quarto deles. É quando a determinada altura vimos o menino a nos vigiar, era um catraio de cinco litros e estava cheio até à rolha. Foi sempre aviar até o escoar, não fosse a bebida que ele tinha dentro azedar. Foi de caixão à cova, no meu caso particular que raramente bebia vinho, apesar de beber continuado práticamente dia e noite e como tal à 14 meses seguidos, mas normalmente era com cerveja que me mantinha embriagado. Acabada a bebida o Quim ficou na casa dele, o Zé foi-se embora no carro dele e eu segui para rumo a minha casa isto passava-se em S. Paio de Oleiros e eu vivia em Nogueira da Regedoura. Tinha ocorrido umacidente mortal o Marta a conduzir o seu carro na ponte do Caramulo. Recordo-me que na descida e quando avistei a ponte, parei não sei com e encostei, vi a ponte a cair abaixo. Devo ter adormecido não sei as horas, pela volta das cinco e quarenta e cinco a minha mulher que segui numa carrinha da Vouga fábrica que trabalhava, dirigiu-se a mim respondi-lhe e ela apercebeu-se que pelo bafo com àlcool qje não tinha aguentado a carga. Saí do carro e vim por outro caminho, convencido que a +ponte tinha mesmo caído.
Chegado a casa,ainda fui até ao quarto, mergulhei e ali estive dois dias a viver o terrivel drama de ter mergulhado no Riacho e ter morrido afogado.
Vivi este drama muitas horas não sei quantas,mas foi um sofrimento horrivel.
Crimanava-me por ter bebido excessivamente e sentia-me o único culpado da minha dependência. Não me perdoava por não ter sabido parar de beber, sentia-me um cobarde de não ter assumido a responsabilidade de Educar as minhas Filhas.
Tempo que durou foi de um sofrimento arrador.
O meu sofrimento era maior porque não aceitava a morte.
Então Voltava tudo ao Principio?...
Seguramente que não,certo que quando me levantei, tão bêbado como me deitei, já que emcasa não bebia, mas regsitava o medo da morte e o tempo que estive morto. Mesmo depois de já ter bebido vinha-me à ideia a morte tremia porque sentia arrepios, cada vez tinha mais medo, eu não queria morrer. Seguramente que estes sérios avisos, terão ajudado uma importância determinante, apara aos poucos ter ganho coragem, para assumir a decisão de tentar mobilizar e unir as forças, que tornavama possivel ter coragem para me dirigir a um Médico e lhe pedir que estava ali para me tratar e que me ajudasse, se não conseguissemos em ambulatório, passariamos a internamento..
Isto pode ser confirmado pelo proóprio médico e não se trata da conversa da treta. Era só o que faltava poder brincar com uma doênça que tenho controlada, mas que é irreversivel e saber que toda a minha vida está pendente de ingerir uma bebida alcoólica, que a acontecer me levaria a ser de novo um farrapo. Voltar ao fundo do poço onde seguramente e difícilmente de lá saíria. Uma Bebida Alcoólica seria igual à perda de uma familia sem mácula ,que me orgulho de ter.
Nem aquelas que foram as heroínas a Minha Cara Metade e a Minha Mãe que já partiu teriam forças para novamente calcarrear esse percurso tão difícil e sinuoso.
MÉDICO NEM QUERIA ACREDITAR:
Jóvem Médico , que me conhecia havia muitos anos, e sabia que eu tinha uma personalidade forte. Esses vindos antes de me tornar bebedor crónico. Tinhamos convivido, mas ele inexperiente no campo do Alcoolismo, apenas dois doentes o tinha abordado, mas não tinha resultado. Ao ouvir-me custou a acreditar, se seria mesmo determinação ou apenas o estar a abordar num momento de desespero. Ficou baralhado, mas perante a minha persistencia, aceitou o desafio que eu lhe propus.
As nossas decisões ocorreram em momentos ideais, porque ambos vencemos. Hoje dedica-se a esta causa do alcoolismo, talvez para ele tenha também começado aqui a decisão de ceitar dedicar-se a esta causa, pois como se sabe são poucos os Médicos que aceitam, visto ser um campo de acção muitissimo complicado. Mas como tudo na vida por vezes ocorrem casos que nos levam a optarem por apesar de tudo saber que um médico quando ajuda a que um doente a recuperara partir daí fica no médico um pouco desse doente e orgulho que sente, passa a ter uma dose enormissima de satisfação. Não me passa despercebido não fora a sua colaboração naquele momento e continuado em todos estes anos, e as coisas poderiam continuar por caminhos sinuosos. Permite que te esyeja grato, por teres contribuído de forma decisiva para o meu sucesso.
Doutor Erpidio do Couto Canastro, eu devo-te esta referência juntado-lher todo o amor e carinho que nutro por ti. Com toda a humildade e sinceridade.
TEÓRICOS DE MEIA TIGELA:
È da sabedoria popular, e essa o povo nunca se engana e cmo se afirma, dar a Cezar o que é de Cezar. Vem isto a propósito e saber que tenho o direito moral de poder para afirmar categóricamente e porque carrego dentro de mim a doença alcólica, e que ela se mantém inalterada e que tato me fez sofre no passado e me levando a fazer sofrer minha familia, e os meus verdadeiros amigos, para hoje e passados 23 anos de abstinência ter uma experiência de conhecimentos ganhos na partilha que só aqueles que empenhadamente se preparam e dedicam a ajudar aqueles que continuam a sofrer ou se encontram em fase de recuperação esgtão a tal nivel. Lamentável os comentários:
Curado devias evitar falar:
Não tenho, porque ter vergonha do meu passado, de enquanto estive mergulhado e vencido pela dependência alcoólica. Tenho muito orgulho no meu presenteporque ajudo e sou ajudado e sei que a manter-me abstinente até ao fim dos meus dias serei uma referência e com este exemplo mesmo depois de partir, seguramente outros se me seguirão. Sabendo ao conhecer o meu testemunho de vida que se venci (e não me considero herói por isso), eles também podem vencer.
para isso basta que juntem as determinação e forças que todos temos dentro de nós para de lá sair.
Seguramente que ninguém sai sózinho, mas há sempre alguém que ajuda, e terão de saber que quando me tornei abstinente, a caminhada foi longinqua e enormemente sinuosa. Que neste percurso nem sempre me apercebi delas na ocasião,mas que mais tarde acabei por descobrir que elas aconteceram das formas mais variadas,e que todas elas foram produtivas. Como tal, tenho de procurar ajudar a incutir a quem está em situação em que já estive, a o procurar ajudar a prevenir. Alertando para evitar que se deixem arrastar quem para lá caminha.Alertar para que parem de beber exageradamente.
É um dever nosso, procurar ajudar e assim seremos ajudados.
Estas ajudas recíprocas, serão sempre preciosas.
Nunca devemos esconder esse nosso passado escuro e tenebroso. Ao fazê-lo estamos seguramente a contribuír para que muitos não venham a mergulhar na mesma Lama, que um dia já foi nossa (DEPENDÊNCIA).
Que nos priva de viver e nos obriga a vegetar.
Passamos de um ser Humano racional a um Monstro irracional.
Sofremos Imenso e como se não bastasse, fazemos sofrer os nossos familiares e quem nos quer bem ainda muito mais.
Evitar que não venham a passar pelo sofrimento a que estivemos sujeitos.
Se ao transmitir os nossos testemunhos eles virem a dar algum contributo.
Para um Doente Alcoólico Tratado, é a maior a recompensa que ambiciona poder vir a receber.
Negócio com a Borracheira
Na Feira S. Martinho Penafiel
1.
Certa vez no S. Martinho
Com a fartura do Vinho
Mau negócio que eu fêz
Comprei Vaca, saíu Bói
Tive de lá voltar outra vez
2.
Quando lá á Feira cheguei
Logo com o mesmo Senhor dei
Logo um grande berburinho
Agarrei-o logo pelo Pescoço
Mas tem paciência Moço
São coisas do S.Martinho
3.
Desfiz então o engano
Com esse mesmo Fulano
Que se chamava Ventura
Deixamos de andar á rasca
E voltamos para a Tasca
Beber mais e á fartura
4.
Eram copos e mais copos
Já sorriam os Cachopos
De ver nossas posições
Tanto eu como o Ventura
Com a fralda á dependura
Que bom par de borrachões
5.
Começam a haver sarilhos
Com a força dos quartilhos
Embora muito mal medidos
Mas nisto oiço uma vós
Que veio bem até nós
Estes dois estão perdidos
6.
Já de fraca catadura
Despedi-me do Ventura
E saí ao Zig-Zag
De repente vem um murro
Oiço dizer está seguro
Não vai daqui sem que pague
7.
Tinha deixado a Vaca
Preza a uma estaca
A um cantinho da Feira
Mas o raio da Canalha
Que nessa Feira não falha
Também fez sua brincadeira
8.
Agora que vejo eu
Ó meu Santo Deus do Céu
Mas que grande desalento
A minha Linda Vaquinha
Não está lá coitadinha
Mas sim um velho Jumento
9.
Tentei pôr tudo em cacos
Mas apanhei dois sopapos
E eu com minha razão
Alguém disse cena feia
É metê-lo na Cadeia
Esse grande borrachão
10.
Com a cabeça toldada
Não esperei por mais nada
Tratei foi de vir-me embora
E quando de regresso sózinho
Quantas vezes pelo caminho
Vi chegada a minha hora
11.
É feio ser-se borracho
Mas é defeito que acho
Agora com mais juizo
Ser alegre e sorridente
Que o seja toda a gente
Borracho não é preciso.
Nestas histórias de entrar Jumentos em cenas em que o excesso de álcool nos leva a determinadas brinacadeiras ou aventuras irresponsáveis que só descontrolados pelo excesso, nos levam a praticá-los. Recordo-me um belo dia na Festa dos Rojões nos Altos Céus um grupo de Amigos de Copos decidiram levar o Burro e a Carroça, depois de levarem o Burro a beber pela Caneca a sua parte do Vinho. Deram a volta ao arraial a Banda de Melres que se encontrava a actuar, mediante aquele espectáculo mediático, começaram a rirem-se e tocar um de cada vez, voltaram a S. Paoi de Oleiros de onde eram e tinham partido e ainda hoje estão para saberem como e a que horas chegaram a casa.
Um belo dia já carregado na antiga Loja do Frade na Bessada em Nogueira da Regeoura pedi ao Ti Chico da Burra se me deixava dar uma volta na sua Égua. Não sei bem como mas consegui montar, comecei a obrigá-la a galopar cada vez com mais força, nunca tinha montado e não sabia como pará-la. Puxei-lhe as redes ela baixou a cabeça e foi toda de rasto. estou ainda para saber como não caí em cima dos paralelos. Quando regressei ele todo contente disse-me que sempre que quizesse poderia voltar a montar,confesso que foi tamanho o susto que apanhei, que jamais o voltei a fazer e apesar de me manter abstinente há já vários anos. Montar uma Égua nunca mais. Beber não Obrigado.
O qu faz mal não é um copo a menos, mas sim um copo. No meu caso nunca deveria tê-lo cheirado, quanto mais bebê-lo
Se tempos houve em que me ía matando hoje tudo faço para estar de bem com a vida , com a minha familia meus amigos.
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