domingo, 11 de abril de 2010

Há Vinagres... e Vinagres! = Associações de Alcoólicos Recuperados e Tratados

O Titulo original é da autoria do Filho da Escola Agostinho Verde
No seu Blogue escreveu "Os Vinagres"e que me inspirou para que eu escrevesse estas quadras.´

Quando envinagrados não falta quem se ria das nossas palhaçadas, sem ter de pagar bilhete.    

    I
Fala-se tanto dos vários vinagres,
Ou de todos de uma só vez
Que vou opinar na generalidade
Que nisto não há milagres
Não excedam os dois ou três
Mas sempre de boa qualidade
                II
Isto de beber é para quem pode
Quem sabe e se pode controlar
Sabe-se que morrem oito por dia
Por muito vinagre entornar
III
O álcool, com seus efeitos,
Sabe atirar por capricho
Homens que eram responsáveis
Manda-os para o caixote do lixo
              
Porque será que ele teima e consegue  nos roubar o equilibrio e o raciocinio. 
IV
Quando me embriagava
Via tão diferente a vida
Trocava a tasca pela casa
Sempre por causa da bebida
V
Falo daquilo que bem sei
Que fiz sofrer e muito sofri
Há 23 anos parei com vinagres
E só por isso, Sobrevivi.
               VI
Entornava de manhã e á noite
Seguidinho sempre sem parar
Quem me embebedava era ele
E  me punha a caír e a  cantar
            VII
Mas houve um dia que eu disse
Está chegado a minha hora
Tu não me vais conseguir matar
Ó Vinagre vais-te embora
          VIII
Assim disse e consegui
Sem nunca lhe ver o rosto
Corri com ele até hoje
Em 1986 a 4 de Agosto
         IX
Tudo com o tempo voltou a melhorar
Regressando a pessoa que era boa
Recuperei os bons velhos amigos
O amor das Filhas e da minha patroa (cara metade)
          X
Hoje a vida é bela e boa
A que passei a viver
Ainda muito mais feliz
Porque voltei a rejuvenescer.
             XI
Beber água não é vergonha
Nunca o devemos esconder
Divulgando o nosso testemunho
Para alguem ajudar a vencer
            XII
Este tema que me é tão caro
E que a mim e aos meus fez sofrer
Hoje procura a outros ajudar
Para que eles consigam vencer.
            XIII
É preciso acreditar
Que é necessário parar
Sendo difícil é possivel
Com a bebida acabar
            XIV
Sinto-me feliz, gosto de mim
Gosto de mim a valer
Se em tempos me í matando
Hoje adoro poder viver
Se tempos houve que me ía matando. Hoje tudo faço para estar de bem com a vida.
A única bebida que mata a sede é e só a água.