domingo, 29 de agosto de 2010

Caminhada por uma causa nobre= Não às Dependências = Associações de Dependências





Eu participei


No arraial de Nogueira da Regedoura. Ensaiando para o dar as mãos.

Vencer a Dependência Alcoólica = Associações de Doentes Alcoólicos

4 de Agosto de 1986 a 4 de Agosto de 2010
  
24 Anos de Abstinência Alcoólico de um Doente Crónico
        O Bicharoco e eu! Uma luta que tenho ganho pedindo e lutando por um dia de cada vez.
    António Feio recentemente falecido, a quem aproveito a prestar a minha homenagem disse: - Se eu pudesse matar o Bicho! Ele sabia que não podia e que era questão de tempo e que lhe seria fatal. Mas com a sua coragem e a forma sábia como lidou com a doença, doou a todos nós uma lição de vida.
    Nós os Doentes Alcoólicos Recuperados: sabemos que não podemos matar o Bicharoco que temos dentro de nós e que seria o mesmo que dizer: mataríamos a nossa doença. Sabemos que não houve e provavelmente não haverá quem consiga independentemente dos anos de Abstinência conseguir a que o Doente venha a beber regradamente. Sabemos que a única que existe é jamais se ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica. Também sabemos que quando deixamos de o alimentar alcoolicamente ele fica de bocarra fechada e inanimado.
  Muito cedo após a minha abstinência percebi que a vida era bela: “porque anteriormente já tinha desfrutado dessas coisas boas que ela nos oferece.” Percebi e descobri coisas ainda muito melhores, nomeadamente a solidariedade das pessoas a complexidade de quem vive com este flagelo.
    Foi gratificante quando descobri, ao começar a trabalhar que estava a ajudar o outros a superar o meu problema e a contribuir para que outros também superassem o mesmo problema. Cedo percebi que recebia e recebo muito mais do que o pouco que dava e dou. Procuro ser inovador nas novas formas de poder partilhar a minha experiência e com ela ajudar a que outros se libertem desse horrível sofrimento que a dependência alcoólica leva a quem é dependente a todos quantos o rodeia e as principais vitimas que sempre são os seus familiares.
   Procura ajudar e sei que sou ajudado seja com os meus blogues sobre alcoolismo e outros, em contacto com publicações em Jornais e ainda em Rádio e televisão sempre que sou solicitado, como também com a minha presença física em iniciativas anti-alcoólicas e outras sempre e só em regime de total voluntariado.
   Sinto-me imensamente feliz pela passagem de mais um aniversário que terá muito mais força se for partilhado e para isso conto com a preciosa e indispensável colaboração da Comunicação Social; à qual antecipadamente agradeço.
     Por uma vida digna e saudável vou continuar a pedir um dia de cada vez e enquanto me for possível contribuir para que outros vençam “paralisem” esta doença tenebrosa.
A todos o meu Bem Hajam e muito grato.




VIVER UMA NOVA VIDA= VIDA ESSA MARAVILHOSA

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mudar de Vida= Tema do Programa da próxima Segunda-Feira nas Tardes da Júlia T.V.I.

Mudar de Vida= 24 anos de Abstinência Alcoólica

   Reportagem fotográfica da Festa do S. Domingos da Serra, no dia4 de Agosto de 2010 passados 24 anos do dia em que me tornei abstinente alcoólico.

Uma Luz ao Fundo do túnel = Um novo alento.
   Preparava-me para urinar e já dentro do quarto de banho em Espinho depois de me ter deslocado de bicicleta de Nogueira/Mozelos/Oleiros/Granja e finalmente Espinho, ter feito a minha caminhada no passadiço que vai da Praia de Espinho à Piscina da Granja, tocou o telemóvel, do lado de lá estava uma Senhora Jornalista do Programa das Tardes da Júlia.
 Estivemos largos minutos a conversar e dessa conversa resultou que ao cabo de todos estes anos me tenha sido possivel constatar onde e quando começou a minha iniciação de consumo de bebidas alcoólias por vezes em excesso e que aos poucos foram aumentando e me tivesse levado a Doente Alcoólico crónico com um período de quatro anos totalmente dependente e que quando me tornei abstinente tivesse pouco tempo de vida caso não conseguisse parar.
   Nunca abordei o seguimento da minha primeira bebedeira aos 23 anos e, posteriormente a entrada e frequência contínua na prostituição, onde tive algumas namoradas, como se ousa dizer agora.
   Sabia-se como funcionavam as Zangas (chamadas dor de corno, a reconciliação com a namorada em letígio, ou a conquista de uma nova namorada com quem passariamos a viver.
  Depois a ída para Moçambique e onde a Laurentina e Dois M era mais que muita. O Tempo foi passando e depois a minha saída forçada da Marinha e a reintegração na vida Civil e a difícil entrada no mundo do trabalho pela falta de experiência, contribuíram decisivamente para este agravar da dependência, que aos poucos fui aumentando e essa dependência me tornou num ser quase irracional. Alucinava, não tinha vida, estava rodeado de falsos amigos e parasitas e os meus verdadeiros amigos eu não os aceitava nem tolerava. Tive uma Companheira de comportamento e educação irrepreensivel, mas que nunca me abandonou, mesmo que muitas vezes exposta ao maior vexame.
    A esta agrande mulher:- Tento retribuír-lhe o carinho e amor que sempre nutri por ela mas não sabia porque o meu estado doentio não o permitia poder avaliar o mal que lhe fazia.
    Tal como eu:- Acredito convictamente que ela se sente conpensada e sabe que tem a seu lado quem a ama e admira.
      A minha Cara- Metade é muito de mim. Levei trinta e alguns anos a descobri-la. Acertei na Escolha.
       Hoje há uma grande Panela e o testo certo para ela.
       Obrigada aà Senhora Jornalista da TVI, que graças ao seu contacto me inspirou a este e mais que irei públicar.
        Como dizemos e bem:- Basta uma simples palavra para um apreciosa ajuda.